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ritapereiraportugal

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17
Mar15

Rita Pereira sobre Ângelico: “Ele não andava a 180 kms/hora“

*Patricia*

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Atriz testemunhou no Tribunal de Aveiro no âmbito do processo que opõe a mãe do cantor aos pais da outra vítima mortal do acidente.

Após um silêncio de quatro anos, Rita Pereira viu-se forçada pela Justiça a falar do fatídico despiste, na madrugada de 25 de junho de 2011, que tirou a vida ao seu ex-namorado, Angélico Vieira, e a um outro jovem, Hélio Filipe, tendo Armanda Leite, outra ocupante do veículo, ficado tetraplégica.

O quarto ocupante, Hugo Pinto, sofreu apenas ferimentos ligeiros. Exames periciais apontam que o condutor (Angélico) seguia a uma velocidade de cerca de 230 kms/hora na altura do desastre.

Fonte: Nova Gene

10
Mar15

Rita Pereira contesta perícia na morte de Angélico

*Patricia*

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Rita Pereira e o advogado João Nabais 

A actriz Rita Pereira afirmou esta tarde no Tribunal de Aveiro que o cantor Angélico Vieira, seu ex-namorado, falecido num despiste na A-1, em 2011, na zona de Estarreja, “não andava a mais de 150 quilómetros/hora”.

Rita Pereira falava no julgamento por causa do acidente mortal, em que os cálculos de velocidade periciais realizados pela Brigada de Trânsito (BT) da GNR apontam para “muito mais de 200 quilómetros horários” (cerca de 230) aquando do despiste que causou a morte de Angélico Vieira e de um outro jovem angolano, Hélio Filipe Van Dunem, tendo ficado tetraplégica uma outra jovem.

“Durante oito anos, o Angélico nunca andou comigo a 180 ou 200 quilómetros horários e era um condutor muito cuidadoso”, afirmou esta tarde Rita Pereira, perante a juíza Maria do Carmo Lourenço, no Tribunal Cível de Braga. Rita Pereira desmentiu ainda que o automóvel do acidente fosse de Angélico Vieira, dizendo que “pertencia ao senhor Augusto Fernandes, do stand Auguscar, conforme o próprio me disse quando me deu a notícia do acidente”.

O Tribunal de Aveiro começou na sexta-feira passada a julgar esta acção cível, em que os pais de Hélio Van Dunem, o amigo de Angélico que seguia com ele no carro, pedem aos pais deste uma indemnização de 236 mil euros.

Por sua vez, os pais de Angélico processaram o dono do stand, alegando que o carro acidentado não era do filho, mas deste negociante de automóveis, que alegam ter forjado um contrato de compra e venda, falsificando a assinatura do filho. 

Fonte: Sol

10
Mar15

Angélico era cuidadoso a conduzir diz Rita Pereira

*Patricia*

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 Rita Pereira, ex-namorada de Angélico, foi ouvida em tribunal como testemunha

Atriz afirma que dono do stand estava preocupado e que o BMW foi emprestado

Rita Pereira não hesitou uma única vez. Ouvida esta segunda-feira no Tribunal de Aveiro, numa ação cívil contra a mãe de Angélico Vieira – em que lhe são exigidos 236 mil euros –, a atriz da TVI excluiu a hipótese de o ex-namorado seguir a 200 km/h antes do acidente em que perdeu a vida, em junho de 2011, em Estarreja. Garantiu que após falar com Augusto Fernandes – dono do stand Impocar de onde saiu o BMW 635 – percebeu que aquele tinha noção de que algum problema ocorreu com o carro.

 

"No hospital o Augusto estava preocupado. Percebeu obviamente que para se ter dado um acidente daquele género alguma coisa tinha que ter acontecido ao carro", disse a atriz. Rita – que tentou a todo o custo não ser fotografada – considerou que é absurdo alguém pensar que Angélico seguia a uma velocidade perigosa. "Convivemos durante oito anos. Andei muitas vezes com ele de carro e nunca excedeu os 150 km/h", garantiu.

A atriz tem também a certeza de que o carro foi emprestado pelo stand. "O Augusto ligou-me no dia do acidente às cinco da madrugada a contar o que aconteceu. Disse que o carro era emprestado", concluiu. Segundo a atriz, era normal Angélico andar com carros emprestados por Augusto. Em troca fazia publicidade e aumentava as vendas do stand.

"Acha que existem muitas pessoas que têm 600 mil euros para comprar um carro igual ao de uma figura pública?, questionou o advogado do stand. "Eu tenho, podia comprar", garantiu.

A ação cível foi interposta pelos pais de Hélio Filipe, a outra vítima mortal do acidente. Tem também como réus o stand e o Fundo de Garantia Automóvel.

Fonte: CM
04
Jun14

A snack with Rita Pereira

*Patricia*

Rita Pereira, odiada por muitos e amada por outros…é esta a verdade.

Antes de conhecer a Rita, costumava vê-la no ecrã a fazer os “Morangos com Açúcar”. Ainda era um miúdo e estava a viver com os meus pais em Castelo Branco. A personagem que ela interpretava fazia com que não gostasse nada dela (coisas que um miúdo na altura não entendia), até ao dia que a conheci.

Por muito que as pessoas possam dizer que ela se arma em estrela e é cheia de vedetismos, eu não concordo! As figuras públicas são pessoas como todas as outras. A Rita tem o direito de falhar sem ter que ser julgada e sem ter que ler comentários menos próprios.

A Rita surpreendeu-me, é verdade! Por vezes pintamos uma imagem das pessoas que não é a correcta. A Rita é amiga, conselheira, verdadeira e sobretudo sincera! Claro que tem os seus defeitos, mas quem não os tem?

A Rita adora dançar, fazer desporto, viajar, mas acima de tudo representar! É uma das melhores actrizes da sua geração, e, a cada novela que faz, progride mais um pouco, porque se esforça – e não digo isto por ser amigo dela, aliás, quem me conhece sabe que eu não digo o que quer que seja apenas para agradar.

Quando acho que algo não está bem digo-lhe, e ela retribui sempre com um obrigado sincero. Os amigos servem para o bem e mal… eu não consigo ser só meio amigo. Tiro-lhe o chapéu por aguentar tanta coisa que escrevem sobre ela e, sempre que acho que devo, defendo-a publicamente, como faria com qualquer amigo meu.

Concertos é com ela, e não poderia haver melhor companhia para dançar e cantar. A Rita é amiga, preocupa-se, e quer sempre ajudar quando está por perto.

No meu 24º aniversário fomos sair e ela não me largou um segundo, sempre ao pé de mim para ver se estava tudo bem. É dela, nasceu com ela e por mais que a carreira dela progrida, ela vai ser sempre aquela amiga que se preocupa. Para ela a família é um pilar, os amigos um porto seguro…

Como eu sei que a Rita gosta muito de comer, mas odeia chocolate, decidi marcar o nosso encontro num restaurante de comida típica russa, no Stanislav Avenida. Não é que ela adorou?

Neste mini lanche pudemos por a conversa em dia. A Rita falou-me das viagens que fez, das que gostava ainda de fazer e do que gostaria de fazer a seguir. Deu-me alguns conselhos, rimos, trocamos opiniões, falamos do passado, do presente e do futuro…

Eu só sei que vou estar aqui sempre, para o bem e para o mal… Gosto de ti e cada vez mais me surpreendo pela pessoa que és.

 

 

Rita Pereira, hated by many and loved by many others… this is the truth.

Before I met Rita, I used to see her on the TV in “Morangos com Açúcar”. It was still a kid and living with my parents in Castelo Branco. I didn’t like the character that she played (things that a kid doesn’t understand), until the day I’ve met her.

As much as people may say she has a star obnoxious temperament and is snob, I don’t agree! Public figures are people like everyone else. Rita has the right to fail without being judged for it and without having to read mean comments.

Rita has surprised me, that is the truth! Sometimes we have a preconceived image of people that simply is not correct. Rita is friendly, counselor, and especially, true and sincere! Of course she has her own flaws, but who hasn’t?

Rita loves to dance, to play sports, to travel, but most of all, to act! She is one of the best actresses of her generation, and in every soap opera she’s in, she progresses a little bit more, all due to her working effort – and ‘m not saying this just to be nice, in fact, anyone who knows me well knows that I do not say anything just to please.

When I think something is not right, I tell her, and she always responds with a sincere thank you. Friends are for good and for bad times… I cannot be only half friend.

I admire her for putting up with so much gossip and whenever I think it is necessary, I stand up for her, as I would for any of my friends.

She love concerts and there could be no better company to dance and to sing with. Rita is friendly, she worries, and always wants to help when she’s around.

On my 24th birthday we went out and she , was always next to me, checking if everything was okay. It’s her thing, she was born with it and as much as her career progresses, she will always be that friend who cares. For her, family is a pillar and friends a safe haven…

I know that Rita loves to eat but hates chocolate, so I’ve decided to make our reunion in a Russian restaurant, the Stanislav Avenida. And she just loved it!

We caught up in this mini lunch. Rita told me about the trips she had, the ones she would like have and what she would like to do next. She gave me some advice, we laughed, exchanged points of view, talked about the past, the present and the future …

I just know I’ll be here forever, for the good and the bad… I like you and I get more and more surprised by the person you are.

 

Thanks to Stanislav Avenida

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: http://www.theafroboy.com/

29
Dez13

Rita Pereira em tribunal

*Patricia*

No início do próximo ano, Rita Pereira irá prestar declarações em tribunal, como testemunha de Filomena Vieira.

A mãe do falecido Angélico Vieira foi processada pelos pais de Hélio, que morreu no acidente que também vitimou o cantor e ator.

 

Fonte: Vidas

29
Dez13

Rita Pereira: Atriz pode salvar mãe de Angélico

*Patricia*

Filomena Vieira arrolou a atriz da TVI para testemunhar por ela em dois julgamentos relacionados com o acidente que provocou a morte do seu filho. A família tem lidado com diversas questões que se prendem com dívidas e penhoras...

 

A alguns dias de assinalar a data de aniversário do filho, que faria 31 anos a 31 de dezembro, não fosse a fatalidade do acidente mortal a 25 de junho de 2011, a mãe de Angélico Vieira prepara-se para começar o ano sentada no banco dos réus, já que em janeiro arranca com uma audiência de partes, no Tribunal de Aveiro, o julgamento em que os pais de Hélio Vandunen pedem cerca de 236 mil euros de indemnização pela morte do filho, falecido no mesmo acidente que vitimou o cantor.

Porém, Filomena Vieira, cabeça de casal da herança de Angélico, não está sozinha nesta batalha legal, pois conta com Rita Pereira para testemunhar a seu favor. “Nesta primeira audiência o juiz vai tentar que as partes entrem em acordo, mas tudo indica que será inútil porque nem Filomena nem os outros quatro réus do processo, como o Auguscar, de onde era o BMW 635 no qual o cantor teve o acidente fatal aos 28 anos, o Luís Filipe Gonçalves Unipessoal, a Impocar e o Fundo de Garantia Automóvel, estão dispostos a pagar. Será uma audiência para acertar datas”, revelou-nos fonte ligada ao processo, garantindo-nos que a mãe do cantor “jamais iria aceitar uma proposta que atribuísse as culpas da morte de Hélio ao filho”.

Nesta ação, os pais de Hélio Vandunen são implacáveis quando afirmam que Angélico foi o principal culpado, pois circulava a mais de 230 km/h quando se despistou na A1, sentido Norte/Sul, na zona de Estarreja.

A defesa contestou alegando um possível problema nos pneus do carro. Contudo, as idas ao tribunal de Filomena Vieira e Rita Pereira não vão ficar-se por esta ação intentada pelos pais de Hélio Vandunen contra os herdeiros de Sandro Milton Vieira Angélico, na pessoa da sua mãe.


Quase em simultâneo arranca outro julgamento, no Tribunal de Vila do Conde, e mais uma vez, Filomena terá a seu lado a ex-namorada do filho, Rita Pereira, para testemunhar a favor dela na ação que intentou contra Augusto Fernandes e a Impocar, Comércio de Automóveis, Lda. Neste processo, os pais de Angélico Vieira pedem aos réus uma indemnização de 115 mil euros correspondente ao somatório de valores resultante de uma suposta venda usando recurso a uma alegada falsificação da assinatura de Angélico no contrato de compra e venda de dois veículos, Ferrari e Audi, e ainda, 24 500 euros, correspondentes à alegada diferença entre a venda de um Porsche (42 500) e a aquisição de um outro veículo que este comprou para oferecer à mãe e que lhe teria custado 18 mil euros.

No total, a indemnização pedida pelos pais de Angélico ronda os 134 500 euros, acrescida dos respetivos juros vencidos. A NOVA GENTE sabe que Augusto Fernandes contestou esta ação dos pais do músico defendendo que eles “alegaram uma mescla de factos fundados em suposições e hipóteses” chegando mesmo a entrarem “em contradição”. Diz também que o casal “escora o seu articulado numa suposta falsificação de assinaturas num contrato de venda” e “concluem que pode não existir essa falsificação”.

Rita Pereira e Filomena são unha e carne. Os laços que unem a atriz a Filomena Vieira são muito apertados e a mãe do músico parece não dar um passo sem se aconselhar com a ex-namorada do filho. Mesmo depois do acidente mortal, as duas continuaram a ver-se e a falar-se telefonicamente quando não podiam estar juntas. A atriz ter-se-á tornado no principal apoio de Filomena, que confia nela de tal maneira que até se aconselha com a atriz para decidir sobre diversas situações da sua vida, como por exemplo, a quem deve ou não dar entrevistas.

A cumplicidade entre ambas é tanta que a mãe de Angélico já foi vista a ajudar Rita Pereira em casa e frequentemente andam juntas. “Ela vem do Feijó a Carcavelos para irem à feira e até costuma almoçar aqui na zona com a Rita. Dão-se muito bem e apoiam-se mutuamente”, disse um amigo da atriz. Certo é que Filomena Vieira se mantém em silêncio sobre todos estes processos que enfrenta, não escondendo a saudade e a dor que sente por ter perdido o filho. E, com o aproximar do último dia do ano, altura em que Angélico faria 31 primaveras, a mãe do músico fica emocionalmente mais sensível e tocada pelas recordações.

Aliás, quando lançou o livro Nunca te Esquecerei, a 22 de junho de 2012, a mãe de Angélico não conseguiu conter a emoção. Filomena Vieira Angélico estava de tal forma emocionada que não conseguiu proferir as palavras dedicadas ao filho. Mais uma vez, valeu-lhe Rita Pereira que assumiu o seu papel, cabendo a ela proferir tal discurso: “Ao maior amor da minha vida, ao meu grande e único herói. Dia após dia tento ser forte à imagem de todos os que me rodeiam, mas, Sandro, eu estou a sobreviver e não é justo nem mereço.”

Este foi apenas mais um dos muitos episódios que D. Mena, termo carinhoso com que é tratada pelos amigos, teve de ultrapassar. Por exemplo, no dia em que se celebrou um ano após a morte de Angélico Vieira, familiares e amigos fizeram questão de recordá-lo numa missa na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Laranjeiro.

Mais uma vez, Filomena Vieira não resistiu à emoção, acabando por desmaiar na igreja no momento em que se ouvia a música Mamã África. Episódios como estes têm-se sucedido com alguma regularidade, “havendo lugar a altos e baixos, momentos menos dolorosos, mas para ela, o Angélico era a sua vida”, diz um amigo, adiantando ainda: “A D. Mena continua muito fragilizada emocionalmente. Para ela o Angélico está sempre cá, pois as coisas dele estão intactas... como ele deixou.”

 

Fonte: Nova Gente

23
Jun12

"Os segredos de Rita Pereira e Angélico em livro!"

*Patricia*

Rita Pereira participou no livro que a mãe de Angélico escreveu sobre o filho, revelando vários episódios da sua história de amor com Angélico Vieira, o jovem cantor falecido há um ano num trágico acidente de viação.

 

O livro chamar-se-à “Nunca Te Esquecerei”e aqui fica alguns dos segredos contados por Rita Pereira nessa obra: Os dois conheceram-se na TVI, na 2ª temporada de “Morangos com Acúcar” e apesar de no início não simpatizarem um com o outro, o casal acabou por começar a namorar em 2004. “Eu achava que ele tinha a mania e o Sandro (Angélico) achava que eu era um nariz empinado”, escreve a atriz.

O primeiro beijo aconteceu no final de uma partida de basquetebol a dois, em Setembro de 2004. Eles tinham apostado que se Angélico ganhasse teria direito a um beijo e este acabou por conseguiu-lo. “Foi assim que começámos a namorar, mas muito às escondidas”, revela Rita.

Em Dezembro do mesmo ano, Rita e Angélico assumiram o namoro e, pouco depois, a atriz mudou-se para a casa de Angélico e sua mãe, onde haveria de viver durante cinco anos.

“Éramos almas gémeas... Conhecíamo-nos profundamente um ao outro e até fisicamente éramos parececidos, nos olhos, nos dentes. (...)

Encontrei sem procurar o que muitos procuram sem encontrar, a minha alma gémea, e isso ninguém me tira”, sublinha Rita Pereira no seu testemunho escrito.

Sobre o fim da relação em Fevereiro de 2009, Rita afirma: “Separámo-nos por causa da música, porque o Sandro não tinha tempo para mais nada, não tinha tempo para mim nem para ninguém...”. No entanto continuaram bons amigos.

Rita Pereira ainda lembra o último dia em que esteve com o ex-namorado. Foi a 21 de Junho do ano passado, quatro dias antes do fatídico acidente.

Jantaram sozinhos em casa da actriz e trocaram momentos de carinho. "O Sandro (Angélico) segurou-me a cara com as duas mãos, ficou a olhar-me nos olhos e disse ‘estou a tirar-te fotografias, para depois me lembrar de ti'. Não consigo deixar se pensar nisso", relata a jovem de 30 anos.

Na madrugada do acidente Rita ainda chegou a falar com Angélico, por volta das 01h30. O cantor prometeu que lhe voltava a ligar, mas a atriz recebeu às 05h00 uma chamada do dono do stand. "Percebi imediatamente que lhe tinha acontecido algo. Fui buscar a Mena [a mãe], menti-lhe. Não lhe podia dizer que o filho estava à beira da morte", revelou a atriz.

O livro “Nunca Te Esquecerei”, escrito por Filomena Vieira para homenagear o filho, vai ser lançado na sexta-feira às 18h30 no Coliseu de Lisboa.

 

Fonte: Casamentos Magazine

20
Jun12

TESTEMUNHO por Rita Pereira

*Patricia*

Filomena Vieira, srª dona mãe do falecido cantor Sandro Vieira, escreveu um livro, Nunca te Esquecerei. Rita Pereira, a eterna namorada do mesmo, escreveu lá um testemunho. Créditos: http://rita-pereira.org/

 

Conheci o Sandro nos ensaios dos Morangos com Açúcar e fazíamos parte do mesmo núcleo de atores. Antes disso, já o tinha visto numa fotografia da campanha da Shop One, mas não sabia quem ele era, como se chamava, se era português ou não. Nessa altura, lembro-me de ter olhado para a fotografia e de ter pensado: «Que giro!» O Sandro também já me tinha visto, num casting para um anúncio a que fomos os dois, mas nessa altura não teve lada para meter conversa comigo. Assim, só nos conhecemos mesmo quando ambos chegámos aos Morangos com Açúcar.
Mas, no início dos
Morangos, não nos demos nada bem! Eu achava que ele tinha a mania e o Sandro achava que eu era uma nariz empinado. Além disso, ele fazia uma coisa que eu odiava, e fazia-o de propósito para me irritar: mexia os músculos do peito. Eu achava aquilo horrível, de uma enorme falta de gosto, até que, finalmente, percebi que ele só fazia aquilo porque sabia que me irritava! Depois, acabámos por resolver estas implicações porque descobrimos que tínhamos o mesmo gosto pela música e pelo basquetebol. As coisas melhoraram muito quando, uma noite, eu, ele, a Cláudia Vieira e o Pedro Teixeira combinámos sair para dançar quizomba e o Sandro descobriu que eu sabia dançar tão bem como ele.
A partir daí, começámos a achar cada vez mais graça um ao outro e, em setembro ou outubro de 2004, combinámos ir jogar basquetebol para a praia de Carcavelos, mas antes do jogo, ele disse-me:
- Bom, ir só jogar por jogar não tem graça nenhuma, temos de apostar qualquer coisa.
Por isso, apostámos que se ele ganhasse, o prémio era um beijo, se fosse eu a ganhar, era um jantar. Foi ele que ganhou o jogo... E eu fiquei muito atrapalhada e preparava-me para ir embora sem cumprir a promessa, mas o Sandro estava disposto a cobrar o beijo que eu lhe devia:
- Então, não és uma mulher de palavra? Prometeste que me davas um beijo, agora tens de dar!
E eu, por fim, lá concordei:
- Pronto, está bem, dou-te o beijo. Assim como assim, também tenho de dar beijos na novela, por isso, mais um menos um...
Fomos para debaixo de uma rampa de
skate que havia ao lado da tabela de basquetebol, mas já gostávamos um do outro e eu nunca mais arranjava coragem para o beijar... Estivemos ali imenso tempo. Foi assim que começámos a namorar, mas muito às escondidas, não queríamos que ninguém soubesse. Estávamos naquela fase de nos conhecermos mutuamente, nenhum de nós sabia o que é que aquilo ia dar...
Só três meses depois, em dezembro, é que assumimos o namoro e essa é uma história muito bonita. Eu tinha ido fazer um desfile ao Alentejo e, a seguir, íamos a cada de uns amigos do Sandro, que eu não conhecia e não sabia onde moravam. Por isso, combinámos que ele esperava por mim à entrada da ponte e eu ia atrás dele. Era uma noite de tempestade, chovia torrencialmente, uma ventania descomunal. Nessa altura, eu tinha um Smart e, já em cima do tabuleiro da ponte, a 50km/h, passei para a faixa da esquerda e uma rajada de vento, que veio de baixo, fez o meu carro rodopiar umas duas ou três vezes e fiquei virada em sentido contrário. Entretanto, um condutor que vinha atrás de mim e que estava bêbado, bateu-me de lado, a meio do carro. E no meio daquilo tudo, abro os olhos e vejo o Sandro a correr na ponte, com os carros a passarem por ele, completamente encharcado por aquela chuva torrencial, a chegar ao pé do meu carro, abrir a porta e agarrar-se a mim:
- Estás bem? Estás bem? Agora tenho a certeza que te vou amar para sempre e que nunca vou conseguir viver sem ti!
Foi uma coisa tão bonita, tão forte... Parecia uma cena de filme.
O Sandro era uma pessoa muito inteligente, muito sensível e muito divertida. Ao pé dele, nunca ninguém estava triste. Tinha um sorriso lindo. Queria sempre saber mais e, quando não sabia alguma coisa, informava-se, aprendia. E gostava de me lembrar que era mais novo que eu, porque eu nasci em março e ele em dezembro. Estava sempre a dizer-me:
- Quando tu estiveres bem
cota, eu vou ser aquele pai todo giraço e tu vais ser a cota!
Eu ria-me e respondia:
- Mas são meses de diferença, não são anos...
E ele respondia-me:
- Não interessa, não interessa, és mais velha!
Não conseguia estar muito tempo zangada com ele. Se discutíamos - era nessas alturas que o tratava por Sandro, porque, de resto, chamava-lhe sempre
Baby -, ele conseguia dar a volta ao assunto e, dali a pouco, eu estava a rir às gargalhadas.
E a discussão acabava assim, os dois a rir e eu um bocadinho irritada comigo mesma e a pensar: «Rita, ainda há bocado começaste uma discussão por causa disto e agora estás a rir do mesmíssimo assunto que te fez discutir!»
Éramos almas gémeas... Conhecíamo-nos profundamente um ao outro e até fisicamente éramos parecidos, nos olhos, nos dentes. Uma vez, logo no início do namoro, fomos comprar castanhas assadas àquela senhora que está sempre no Saldanha. E ela perguntou:
- Quem é que paga, a menina ou o seu irmão?
O Sandro desatou a rir, mas não se desmanchou:
- O mano paga!
Outra vez, tirámos uma fotografia com as nossas caras coladas uma à outra e, depois, recortámos e ficou só o meu olho esquerdo e o olho direito dele. E perguntávamos às pessoas que nos conheciam quem era quem. Toda a gente ficava baralhada e até a Mena, que era a mãe dele, se enganou e disse que eu era ele e e ele era eu.
Separámo-nos por causa da música, porque o Sandro não tinha tempo para mais nada, não tinha tempo para mim nem para ninguém. E estivesse onde estivesse, se lhe surgia a ideia de uma música, começava a cantar. Uma vez fomos a Londres e estávamos no Harrod's quando isso aconteceu. De repente, no meio daquela loja chiquíssima, ele pegou no telemóvel e começou a gravar os sons que lhe vinham à cabeça: «Tum-tum-tum-tum.» Mas aos altos berros! E eu, a morrer de vergonha:
- Sandro, cala-te, por favor, está toda a gente a olhar para nós!
Mas, nessas alturas, só ouvia a música que tinha na cabeça e não se ralava nada que estivessem a olhar para ele. Ninguém o calava! Não queria saber se estava no meio do Harrod's ou sozinho em casa. Não contente por estar ali a cantar no meio da loja, ficou sem bateria no telemóvel e acabou de gravar a música com o meu. Ele era assim... Tinha inspirações repentinas. Noutra altura, estávamos na Jamaica, eu fiquei na praia e ele disse que ia dar uma volta à beira-mar. Uma hora e meia depois, ainda não tinha voltado e eu já estava preocupadíssima, a achar que lhe tinha acontecido alguma coisa. Os seguranças do hotel já se preparaavm para ir à procura dele quando o Sandro aparece ao fundo da praia, com dois ou três
rastafáris, a cantarem e a tocarem jambés.
- Sandro, onde é que te meteste? Estava toda a gente preocupadíssima...
- Tive uma inspiração e encontrei estes dois manos que já começaram a tocar e tenho aqui uma
g'anda música...
A música era o grande amor da vida dele e ele tinha nascido para a música. Há pessoas que tentam uma vida inteira e o Sandro não precisava de tentar, tinha a música dentro dele. E fazia tudo pela música e pelos fãs. Eu não tinha ciúmes, mas ficava triste muitas vezes, como quando ele voltou de uma viagem longa - acho que foi quando veio do Brasil, depois de gravar a novela da Bandeirantes - e, mal ele apareceu, a Ritaza começou a correr e foi a primeira pessoa a abraçá-lo. E eu, que já não o via há imenso tempo, fiquei para trás. Nessas alturas, sentia-me triste... Mas o Sandro era incapaz de dizer à Ritaza ou fosse a quem fosse:
- Está ali a Rita, vou abraçá-la primeiro.
Não era por mal, nem lhe passava pela cabeça que eu ficasse triste. Tal como era incapaz de recusar um autógrafo ou de dizer a alguém que parasse porque o estava a incomodar. Estava sempre genuinamente disponível e eu aprendi imenso com ele no que diz respeito à relação com os fãs. Ele dava-lhes tudo. «Angélico, dá-me o teu chapéu!» E ele dava o chapéu. «Angélico, dá-me o teu colar.» E ele dava. «Angélico, dá-me o teu relógio.» E lá ia o relógio. E, às vezes, eu dizia-lhe:
- Mas acabaste de comprar o relógio...
E ele respondeu:
- O que é que interessa? Posso comprar outro. E se ele está-me a pedir é porque precisa...
Quando nos separámos, estivemos dois ou três meses sem nos falarmos porque precisávamos desse intervalo. Mas, depois, recomeçámos a encontrar-mo-nos e falávamos muitas vezes ao telefone; contávamos muita coisa um ao outro, eu sabia a vida dele e ele sabia a minha vida.
Na terça-feira, 21 de junho de 2011, jantámos os dois sozinhos em minha casa. Conversámos sobre várias coisas das nossas vidas, como fazíamos sempre. Mas aconteceu uma coisa em que penso muitas vezes... O Sandro gostava de me segurar a cara com as duas mãos e de ficar a olhar para os meus olhos. E dizia-me:
- Estou a tirar-te fotografias.
Nessa noite, fez isso. Segurou-me na cara e disse:
- Deixa-me tirar fotografias para depois me lembrar de ti.
Penso muito nisso... Foi a última vez que estivemos juntos. Não consigo deixar de pensar nisso...
No dia do acidente, falámos ao telefone por volta da uma e meia da manhã. Disse-me que estava no carro com outras pessoas e que depois me ligava. Às cinco da manhã, quando o meu telefone voltou a tocar, prensei que era ele... Mas já não era! Quando vi no visor do telemóvel: «Augusto - Carros», percebi imediatamente que tinha acontecido alguma coisa e a minha primeira pergunta foi:
- O que é que aconteceu ao Sandro?
Soube logo que era muito grave. A partir daí, a minha única preocupação foi ir buscar a Mena a casa e mentir-lhe para a levar para o Porto sem que ela percebesse a gravidade da situação... Foram horas terríveis... Disse-lhes que tínhamos de ir porque era preciso ela assinar uns papéis para ele poder ter alta. Não lhe podia dizer que o filho estava à beira da morte...
Ser grave já era uma facada no meu coração. Nunca me passou pela cabeça que fosse tão grave. Foram os três piores dias da minha vida. Pela primeira vez, ele chegou primeiro do que todos, a única vez que não deveria ter chegado... Mas uma coisa é certa, encontrei sem procurar o que muitos procuram sem encontrar, a minha alma gémea, e isso ninguém me tira...

 

Fonte: rita-pereira.org

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