Angélico era cuidadoso a conduzir diz Rita Pereira
Rita Pereira, ex-namorada de Angélico, foi ouvida em tribunal como testemunha
Atriz afirma que dono do stand estava preocupado e que o BMW foi emprestado
Rita Pereira não hesitou uma única vez. Ouvida esta segunda-feira no Tribunal de Aveiro, numa ação cívil contra a mãe de Angélico Vieira – em que lhe são exigidos 236 mil euros –, a atriz da TVI excluiu a hipótese de o ex-namorado seguir a 200 km/h antes do acidente em que perdeu a vida, em junho de 2011, em Estarreja. Garantiu que após falar com Augusto Fernandes – dono do stand Impocar de onde saiu o BMW 635 – percebeu que aquele tinha noção de que algum problema ocorreu com o carro.
"No hospital o Augusto estava preocupado. Percebeu obviamente que para se ter dado um acidente daquele género alguma coisa tinha que ter acontecido ao carro", disse a atriz. Rita – que tentou a todo o custo não ser fotografada – considerou que é absurdo alguém pensar que Angélico seguia a uma velocidade perigosa. "Convivemos durante oito anos. Andei muitas vezes com ele de carro e nunca excedeu os 150 km/h", garantiu.
A atriz tem também a certeza de que o carro foi emprestado pelo stand. "O Augusto ligou-me no dia do acidente às cinco da madrugada a contar o que aconteceu. Disse que o carro era emprestado", concluiu. Segundo a atriz, era normal Angélico andar com carros emprestados por Augusto. Em troca fazia publicidade e aumentava as vendas do stand.
"Acha que existem muitas pessoas que têm 600 mil euros para comprar um carro igual ao de uma figura pública?, questionou o advogado do stand. "Eu tenho, podia comprar", garantiu.
A ação cível foi interposta pelos pais de Hélio Filipe, a outra vítima mortal do acidente. Tem também como réus o stand e o Fundo de Garantia Automóvel.