Playboy de Portugal: Um belo catálogo Outono-inverno
Começo este meu desabafo com uma frase que nunca julguei um dia escrever: Quem me dera ser as páginas da Playboy.
Só assim visualizaria com perfeito enquadramento a cara de deceção de milhares de homens ao deparar-se com as fotografias da Rita Pereira envergando mais roupa do que aquela com que ela normalmente anda.
Não haja dúvida de que a Playboy surpreendeu ao ponto de meter inveja à sua congénere que é feita no Irão. De facto já vi burcas que deixavam bem menos lugar à imaginação masculina do que a roupa utilizada pela atriz no seu ensaio.
Até ontem só conhecia mulheres que se tinham despido para a Playboy, a partir de agora posso dizer, com legitimidade, que há uma que se vestiu para aparecer na Playboy.
Vão me desculpar as mentes iluminadas que resolveram fazer regressar a revista para Portugal nestes moldes mas chamar àquilo Playboy é uma afronta. Aquilo é na melhor das hipóteses um catálogo. E um catálogo outono-inverno.
Sem querer ser ordinário, mas não conseguindo deixar de exteriorizar a minha revolta tenho de dizer que quem comprou a revista para ver os melões da Rita acabou com a cabeça feita num grande melão!
Porque não vestiram a Ana Malhoa quando foi ela a escolha da capa? Até teríamos agradecido. Porque não taparam a Maya quando esta fez um ensaio para uma revista masculina? Nada haveria a obstar. Agora a Rita Pereira ser a primeira mulher que posa para a Playboy vestida??? Péssima escolha.
Afirmou a Rita que queria que os homens quando abrissem a revista dissessem que era aquela a mulher com que gostariam de casar. Se algum disse tamanha barbaridade, face ao conteúdo da revista, não deve ter grandes expectativas para a lua de mel. É que no meu tempo quando se abria a Playboy não era para o altar que se sonhava levar as 'coelhinhas'. A não ser, claro está, que estas fossem a favor de sexo apenas depois do casamento.
O que vale é que eu compro esta revista apenas por causa dos artigos.
Mas cheira-me que não vou adquirir mais nenhum exemplar desta 'nova' Playboy.
É que artigos em excesso também enjoam.
Fonte: PT Jornal